3.2.11

2 de fevereiro de 2011



... e de repente tudo a sua volta ficou escuro, um zumbido alto invadiu seus tímpanos. Perdeu a consciência.
- Oi, você voltou, finalmente voltou. Está tudo bem com o senhor?
Não houve resposta, fez que sim com a cabeça, levantou-se e foi embora. Depois de dez ou onze passos percebeu não saber para onde estava indo. Não parou, continuou com o pisar firme. Viu seu reflexo em uma vitrine de movéis usados. Não se reconheceu. Mesmo assim continuou a se olhar enquanto, sem sua vontade, o foco de sua visão mudara de seu rosto desconhecido até uma máquina de escrever Remington.
Encantado com aquele objeto entrou na loja e foi falar com o vendedor.

-Essa é uma Remington legítima, vai levar?
Passou a mão sobre seu teclado, fez que não com a cabeça e saiu.

Do outro lado da cidade um carro em alta velocidade disparava pela avenida, enquanto na calçada as pessoas espantadas olhavam o enorme barulho acompanhado do deslocamento de ar que o carro causava. Apenas uma pessoa não o olhava, ao invés disso olhava atentamente para o céu que mudava de cor. Aquele céu azul agora estava sombrio. Resolveu sair logo dali antes que começasse a chover.
Saiu correndo pela avenida tentando escapar da possivel chuva e sem que se esperasse o carro em alta velocidade a jogou para bem longe dali. Corte na cabeça, tontura e um par de pernas que deixaram de se mover.


C.Fox

Nenhum comentário:

Postar um comentário