25.6.07

Hoje eu pichei minha geladeira

O presente momento faz-me sentir completamente livre para expressar e desenvolver toda a minha potencialidade escrita.

Tua presença acolhe esse meu lado: meio insana, meio pirada, na busca de um equilíbrio quase perfeito no interior de um equilíbrio mergulhado no caos.

Portanto, sinto-me totalmente à vontade para te escrever o quanto todos os momentos que passamos juntos foram “primos”, regados a bons vinhos e notas entrelaçadas em uma valsa pós-moderna.

E se acaso ainda não te convenceu lendo estas piradas palavras escancaro que, se hoje fosse meu último dia nesse planeta, realizaria minha viagem de retorno com o coração tranqüilo.

Por fim, informo-te que, estou totalmente libertária em relação às minhas inseguranças internas, que hoje eu pichei minha geladeira.

18.6.07

A primeira transa de Lola Brochaska – por Bianca Bonanno

Dez da manhã - o interfone toca. Ela desce e recepciona com carinho aquele homem. Atravessam juntos o túnel do país das maravilhas e sobem até a torre, onde localiza-se aquele local sem denominação adequada.
Trocam inúmeras confidências e carícias, saciando a saudade alimentada por todos aqueles anos de distância... Até que seus corpos unem-se em uma dança de amor, ao som de músicas caóticas de compositores desconhecidos.
Exaustos e entorpecidos com todo aquele clima e sexo “transtemporal”, vestem seus tecidos, descem e atravessam o túnel no sentido contrário, na direção do caminho do perímetro do Parque.
Até que, por fim, um longo e fogoso abraço fazem com que aquele homem expresse com singular precisão o resumo daquele evento cinematográfico: “Adorei te conhecer Lola.”

2001

15.6.07

Celular - Volta pra casa!!!

Esta noite meu celular não dormiu em casa... =( Foi só eu tirar os olhos dele por um breve instante ontem à noite, durante uma "piração relâmpago" para ele se ir e talvez nunca mais voltar...
Volta pra casa!!!

12.6.07

Ardência de Bianca Bonanno

A grama fria e úmida já não era mais um incômodo; o beijo, o pacto de amor eterno naquele momento... Sublime! Ele olha seu rosto... Cabelos espalhados na grama, sol refletindo nos olhos boca úmida entreaberta suplicando por mais um beijo; então, lentamente levanta sua blusa, até que seu umbigo fique entregue à luz daquela ensolarada tarde de inverno. Sua mão começa a percorrer aquela brancura ardente, até que encontra um dos seios... Os olhos se encontram, os dela mostram nitidamente a mais pura paixão de e desejo, os dele, somente um estúpido e vazio tesão; mas isso ela não consegue enxergar, pois a luz do sol a está ofuscando... Ele leva sua boca ao ouvido, lhe diz meia dúzia de obscenidades, jura amor eterno e leva sua mão até a calcinha, a coloca de lado, encontra seu clitóris; a essa altura ela já está implorando que ele a ame... Ele então abre o zíper de sua calça, tira o pau pra fora e trepa com ela ali mesmo. Enquanto ele literalmente a come, ela está no mais alto estágio de amor e prazer! Sente aquela maravilhosa penetração, olha para cima e vê um maravilhoso céu azul, com algumas nuvens esparramadas entre os galhos secos das árvores, uma linda pintura a ser admirada! A grama acaricia seu cóccix, o sol arde em seu rosto, o som dos pássaros, para ela, é a perfeita trilha sonora, mas não para ele, que já está ficando irritado com aquela barulheiratoda e resolve terminar logo com aquela trepada. Goza feito "cachorro loco". levanta, coloca seu pau para dentro e fecha o zíper. Dá as costas para ela, acende um cigarro e atravessa aquela multidão embasbacada de estudantes, desaparecendo por entre as salas de aula. Enquanto isso ela fica ali, deitada na grama fria e úmida, calcinha toda esgaçada e esporreada, tentando entender o que aconteceu.

2001

7.6.07

MInha mensagem, por favor!

Prezado senhor, pobre senhor, bravo senhor: uma experiência do criador do universo. Só o senhor, no universo, tem vontade própria. Só o senhor deve decidir o que fazer e porquê. Todos os outros são robôs, máquinas. Algumas pessoas gostam do senhor e outras parecem odiá-lo. O senhor deve descobrir porquê. São só máquinas de gostar e odiar. Tudo isso o deixa abatido e desmoralizado.
Se soubesse a resposta, não haveria mais perguntas. Portanto, aproveite ao máximo! Escravos da TV. Diálogos que não são diálogos. Afinal, locutor e interlocutor não sabem do que estão falando.

Fonte: ?